top of page

vinhos e frutos do mar: harmonização de verão

Foto do escritor: Cozinha da LíviaCozinha da Lívia

🍾 Post dedicado ao encerramento de mais uma temporada de verão no Algarve, às harmonizações e receitas que testei e (a)provei!


Em um verdadeiro paraíso onde o mar se encontra com a terra, em um dos meus lugares favoritos para passar dias ensolarados, ouvir o som do mar, colocar os pés na areia, tive também a oportunidade de saborear autênticos vinhos, espumantes e champagnes.


Entretanto, o que mais me cativou, vocês devem imaginar, foi a perfeita harmonização que pensei e elaborei para cada um dos pratos e mariscos locais que tive a chance de degustar. 🦪


Portanto, preparei um post delicisio e abaixo você confere em detalhes os nomes dos rótulos, os estilos das bebidas e cada prato harmonizado que escolhi ou preparei para as seguintes bebidas: o Champagne Charles Heidsieck, o vinho branco Clos de La Bergerie, o Cava Anna de Cordoniu e os vinhos brancos Monte da Peceguina e o charmoso corte de Chardonay e viognier da Quinta do Pinto. 🍾🥂


PRATOS E VINHOS DEGUSTADOS


1️⃣ Champagne Charles Heidsieck e Vieiras grelhadas com molho de Champagne:


A efervescência, o perlage consistente e a alta acidez do Champagne realçaram e concordaram em boca com a suculência e a cremosidade das vieiras. A carbonação limpou o palato após cada mordida, o que permitiu proporcionar ainda mais a sensação dos sabores delicados das vieiras em boca. Como acompanhamento, a cremosidade do purê de couve flor, combinou com a cremosidade do champagne na boca e fez realçar ambas texturas. Em relação à contraposição de sabores, sentiu-se a acidez da bebida em contrapartida à gordura da manteiga utilizada no preparo. Ainda foi possível sentir e constatar a acidez do molho concordando com a acidez do champagne. Essa foi uma das melhores harmonizações durante a estada e feita particularmente por mim. E se você quer saber mais como preparar vieiras e harmonizar, clique aqui.


Valor do champagne Charles Heidisieck: aproximadamente 50 euros


2️⃣ Monte da Peceguina e Lingueirão à Bulhão Pato:

O vinho branco Monte da Peceguina, com a sua textura encorpada e notas cítricas, casou harmoniosamente com o Lingueirão à Bulhão Pato. A acidez equilibrou a riqueza do prato, enquanto os sabores se entrelaçaram em uma dança saborosa no palato. O vinho é composto por um blend das minhas castas brancas portuguesas favoritas contém: Antão Vaz, Encruzado, Arinto e Viosinho. Portanto, é um vinho de excelente custo benefício, pois tem corpo, acidez, aromas e estrutura. O seu produtor, a famosa Herdade da Malhadinha, possui no rótulo desenhos feitos pelas crianças da família, uma marca emblemática dos vinhos não somente da região do Alentejo, mas também de Portugal. Em relação ao prato, se você quiser saber mais sobre o molho Bulhão pato é só clicar aqui. Nesse link ensinei como preparar mexilhões a bulhão pato, para fazer ameijoas, ligueirão ou berbigão, só o muda o ingrediente, pois o processo da receita é o mesmo!


Valor do Vinho Monte da Peceguinha: Aproximadamente 14 euros.


3️⃣ Clos de La Bergerie e Ostras:

O Clos de La Bergerie, proviniente do Vale do Loire, na França, é o berço da casta Chenin Blanc. Com a sua mineralidade e frescura, foi o par perfeito para o brilho salgado e mineral das ostras. A sutileza do vinho ressalta a complexidade e o sabor salgado das ostras, proporcionando uma harmonização por concordância inigualável.


Esta uva branca é a estrela do vale, especialmente na sub-região de Anjou e Saumur. Ela produz vinhos brancos com grande acidez e uma incrível capacidade de envelhecimento. O Clos de Bergerie 2015, um vinho excepcional de Nicolas Joly, personifica a excelência do Vale do Loire, que é conhecido como a “jóia da coroa” dos vinhedos franceses, e não é difícil entender o porquê.


Com a sua paisagem deslumbrante e clima favorável, é o cenário perfeito para a produção de vinhos excepcionais. Este é o terroir onde Nicolas Joly escolheu cultivar suas videiras. O vinho é um testemunho de sua devoção à qualidade. Nicolas Joly é um verdadeiro visionário no mundo do vinho. A sua abordagem única à viticultura biológica e biodinâmica tem sido um farol para muitos enólogos em busca de qualidade excepcional e sustentabilidade. Ele é um guardião do terroir e um defensor da autenticidade. O seu vinho, Clos de Bergerie 2015 é uma expressão viva de seu compromisso, pois encanta com a sua profundidade e complexidade. A bebida possui uma riqueza de sabores, notas frutadas e minerais e uma marcante acidez equilibrada. As uvas para o Clos de Bergerie 2015 são cultivadas em vinhedos biodinâmicos nas sub-regiões de Savennières. O solo característico de xisto confere a mineralidade e a profundidade ao vinho e daqui vem a combinação perfeita para as ostras.


Este vinho é um verdadeiro reflexo do terroir único do Vale do Loire e do compromisso de Nicolas Joly com a produção de vinhos excepcionais. Uma garrafa que encapsula a autenticidade e a tradição dessa região vinícola magnífica. Este vinhedo é famoso por produzir alguns dos melhores vinhos brancos Chenin Blanc do mundo.


Apaixonado por práticas agrícolas sustentáveis, Nicolas Joly adotou os princípios da agricultura biodinâmica em seus vinhedos. Ele acreditava que trabalhar em harmonia com a natureza, observando os ciclos lunares e respeitando o terroir, resultaria em vinhos de qualidade excepcional. Sua abordagem rigorosa e compromisso com a biodinâmica logo o destacaram como um líder na comunidade vinícola.


Valor do vinho Clos de la bergerie: Aproximadamente 90 euros


4️⃣ Espumante Cava Anna de Cordoniu e Camarões à Guilho:

O espumante Cava Anna de Cordoniu, a vinícola mais antiga, fundada pela visionária Anna, com a sua bolha fina devido ao método tradicional e aos seus toques cítricos, harmonizou por contraposição aos sabores picantes e à mistura de alho e pimenta nos camarões à guilho. A acidez refrescante do espumante e os seus aromas cítricos com notas de amêndoas suaviza o prato e o eleva a cada mordida.


Valor da Espumante Anna de Cordoniu: 12 euros


5️⃣Quinta do Pinto: O vinho branco quinta do pinto, elaborado a partir do corte de duas castas de berço francês: chardonnay e viogner, demonstra com muita sutileza como essas uvas podem brilhar e elaborar vinhos mineiras, equilibrados frescos e elegantes no terroir e na região da capital Portuguesa. Esse é o estilo de vinho que em uma prova às cegas, passa a "falsa" a impressão de que não é um rótulo luso, mas sim francês. Justamente por possuir duas castas francesas e os seus respectivos aromas característicos: um leve floral e aroma de fruta de caroço, típico da viogner e uma refrescância e mineralidade que a chardonnay oferece quando está em um terroir perto do mar a receber brisas que sopram do oceano. Esse vinho harmonizou perfeitamente com ostras, camarões tigres grelhados com manteiga e acompanhados de um cremoso


e picles de rabanete (a trazer acidez e sabor para o prato) somado aos deliciosos, crocantes e macios tentáculos polvo grelhado e o cremoso purê de batata doce. Com certeza , essa foi uma das grandes surpresas da viagem!


Valor do vinho Quinta do Pinto: 15 euros


Nada supera a combinação perfeita entre vinhos brancos encorpados ou minerais, as espumantes e o delicado champagne com as preciosidades vindas do mar.


As harmonizações demonstram, por fim, como a escolha certa do vinho ou do espumante pode elevar a experiência gastronômica, de modo a realçar os sabores de pratos à base de frutos do mar.


Portanto, agora é sua vez! Que tal experimentar essas combinações na sua próxima aventura culinária? Compartilhe as suas histórias e experiências únicas sobre harmonizações nos comentários ou marque @cozinhadalivia nas redes sociais para que eu possa ver e também compartilhar e inspirar demais leitores! 🍷🍤✨ #Harmonização #VinhoEComida #SegredosDoAlgarve

Commenti


bottom of page